Enforcando a democracia
No artigo, o diretor do Sindicato dos Bancários da Bahia, Álvaro Gomes, disserta sobre os atos antidemocráticos que estão ocorrendo após a perda expressiva de Bolsonaro na urnas.
Um ato bárbaro aconteceu no dia 30/10/22 do segundo turno da eleição, quando um policial enforcou uma criança de 7 anos , que ficou inconsciente e desmaiou, este fato aconteceu em Divinopolis Minas Gerais. Isso em função da criança ao ser perguntada se seria Bolsonaro falou que era Lula. Após a vitória de Lula no segundo turno diversos atos e ações antidemocráticas e neonazistas ocorreram, dando continuidade a escalada autoritária e golpista da extrema direita.
Ainda no dia 30/10/11, Ruan Nilton da Luz, que é CAC- Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador, invadiu residências onde familiares e amigos comemoravam a vitoria de Lula e assassinou Pedro Henrique Dias de 28 anos e a adolescente de 12 anos Luana Rafaela Oliveira Barcelos. Dia 03/11/22, bolsonaristas que faziam uma manifestação golpista na rodovia Anhanguera, em Jundiaí-SP, apedrejaram e invadiram um ônibus escolar, agredindo estudantes porque fizeram L de Lula.
O fantástico de 06/11/22 denunciou ataques de ódio na Escola Visconde de Porto Seguro em São Paulo, onde alunos em redes sociais expressavam mensagens nazistas, racistas, machistas e de ódio, a exemplo de “petista bom é petista morto”, um dos alunos no Instagram, coloca a foto de Hitler, e escreve “ o que ele fez com os judeus eu faço com os petistas”. Outra mensagem no grupo sugere que se encontrasse alguém com a camisa vermelha essa pessoa deveria ser morta.
A professora bolsonarista Sheylla Susan de Almeida, deixou de orientar alunos de doutorado em Farmácia na Unifap (Universidade Federal do Amapá) após saber que eles não apoiavam o presidente Jair Bolsonaro (Uol,03/11/22). Um professor de Historia da rede estadual de Santa Catarina se declarava nazista e fazia apologia ao nazismo afirmando em suas redes socais que Hitler foi melhor que Jesus(G1 SC, 03/11/22).
Estes são apenas alguns exemplos da situação que nos encontramos depois de 4 anos de um governo federal que vem destruindo nossa democracia, estimulando o ódio, a eliminação do diferente, numa escalada de violência com suporte nas ideias nazistas e de extrema direita. Hitler na Alemanha não começou com as câmaras de gás, antes teve a propaganda, Deus, Pátria Família, uma multidão de pessoas contaminadas pela mentira e vivendo uma realidade paralela. Esta onda precisa ser interrompida.
*Álvaro Gomes é diretor do Sindicato dos Bancários da Bahia e presidente do IAPAZ
