Comunismo, antídoto ao capitalismo

Cronista com quatro livros publicados, o bancário Geraldo Eugênio Alves Galindo, 61 anos, funcionário do BNB, graduado em Letras pela UCSal (Universidade Católica de Salvador), é o novo presidente estadual do PCdoB (Partido Comunista do Brasil) na Bahia, desde o dia 14 de novembro passado. Para ele, enquanto houver capitalismo, o comunismo estará vivo e atuante.

Cronista com quatro livros publicados, o bancário Geraldo Eugênio Alves Galindo, 61 anos, funcionário do BNB, graduado em Letras pela UCSal (Universidade Católica de Salvador), é o novo presidente estadual do PCdoB (Partido Comunista do Brasil) na Bahia, desde o dia 14 de novembro passado. Para ele, enquanto houver capitalismo, o comunismo estará vivo e atuante.
 
O Bancário - Ainda existe comunismo além das mentes imbecilizadas, pervertidas e degeneradas dos fascinazistas bolsonaristas?
 
Galindo - A ideia do comunismo sempre existirá enquanto houver o sistema capitalista que explora e oprime. A visão pervertida de comunismo tem a ver com a brutal campanha anticomunista que sempre existiu e agora reforçada com a ascensão no neofascismo no Brasil e no mundo.
 
O Bancário - O comunismo, a economia planificada, perdeu a guerra para o liberalismo, a economia de mercado?
 
Galindo - No atual contexto histórico, o capitalismo mantém sua hegemonia política, porém não tem respostas para as múltiplas crises que se apresentam. A China demonstra que com a economia planificada é possível construir o socialismo em novas bases e seu sucesso econômico comprova que existem outros caminhos para a construção de sociedades mais justas e desenvolvidas. 
 
O Bancário - Qual o país do mundo que você considera comunista atualmente e oferece bem-estar à população?
 
Galindo - A verdade ê que as experiências atuais de construção do socialismo são uma transição ao comunismo, um período provavelmente longo, que não se estabelece a priori os prazos de efetivação. A China vem dando demonstrações de estar no rumo correto, chamando a atenção do mundo por sua pujança econômica e bem estar social.
 
O Bancário - Trace um panorama rápido do PCdoB em níveis nacional, estadual e municipal.
 
Galindo - O PCdoB enfrenta as vicissitudes de um período de defensiva estratégica, mas se mantém fiel aos princípios norteadores do marxismo. O PCdoB, em todos os níveis, procura enfrentar as dificuldades decorrentes das adversidades conjunturais. As realidades nos estados e municípios são distintas, mas na Bahia estamos relativamente melhor situados 
 
O Bancário – O que esperar da eleição municipal de 2024 em Salvador e demais municípios baianos?
 

Galindo - Espero que a base dos governos federal e estadual derrotem a direita representada por carlistas e bolsonaristas. As condições políticas estão dadas.  Salvador será uma disputa difícil, como foram as anteriores. 
 
O Bancário - O PCdoB apoia a decisão do PT de escolher o vice-governador Geraldo Júnior (MDB) como candidato à Prefeitura de Salvador?
 
Galindo
– Com o afunilamento no processo de definição, o governador Jerônimo Rodrigues, coordenador da estratégia eleitoral do nosso campo, concluiu que o melhor caminho para a disputa é com o nome do vice-governador Geraldo Júnior, formulação encampada pelo Conselho Político do Governo. Diante do quadro, o PCdoB, em nome da unidade do campo de sustentação do governo do Estado e ciente de sua responsabilidade política, retira a candidatura de Olívia Santana e passa a apoiar o candidato Geraldo Júnior.