Banco Itaú só enrola em negociação
Se a questão fosse a saúde financeira do banco, que lucrou R$ 6,176 bilhões no primeiro trimestre, as soluções já teriam sido tomadas. Mas, o tema é a saúde do trabalhor que, para os banqueiros, sempre pode esperar.
Na última sexta-feira (09/06), os funcionários do GT de Saúde e Condições de Trabalho esperavam respostas sobre as 12 propostas apresentadas para melhorar o Programa de Retorno ao Trabalho. Mas, ao invés disso, a direção do banco, mais uma vez, só ouviu e disse que ainda avalia o documento. Só depois os itens serão respondidos.
Entre as principais queixas sobre o tema, a persistência do assédio moral, a discriminação e até demissões dos funcionários que retornam ao emprego, sem motivo aparente. O mais absurdo é que a justificativa para os desligamentos é a baixa capacidade de desempenho dos recém reabilitados.
Vale lembrar que o Programa de Retorno ao Trabalho foi construído sem a participação dos trabalhadores, o que é condenável inclusive pela OIT (Organização Internacional do Trabalho). O trabalhador tem o direito de participar das decisões. Negligência.
