Abismo salarial revela desigualdade do Brasil
A desigualdade social no Brasil está longe de acabar. Enquanto milhões de brasileiros têm de viver apenas com um salário mínimo de apenas R$ 954,00, o topo da pirâmide social fatura milhões mensalmente, o que mostra a disparidade entre ricos e pobres no país.
Os banqueiros, claro, estão na lista dos afortunados e ocupam os primeiros lugares. Encabeça o ranking de executivos mais bem pagos do país, o presidente do Itaú, Candido Botelho Bracher, com salário de R$ 3,4 milhões por mês. No ano, a remuneração chega a R$ 40,9 milhões.
O presidente do Santander Sérgio Rial é o terceiro, com salário anual de R$ 29,9 milhões. Na segunda posição está o presidente da CVC Viagens, Luiz Eduardo Falco Pires Correa (R$ 32,4 milhões). A lista ainda tem outro banqueiro, Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco, na sétima posição, com remuneração de R$ 17 milhões.
A injustiça social é realmente um grande abismo. Basta comparar o salário de um profissional que trabalha na mesma área de um executivo. Um tesoureiro ou caixa do Santander, por exemplo, recebe que R$ 2.522,00 por mês teria de trabalhar por longos 79 anos para chegar a R$ 2,4 milhões, a remuneração mensal de um executivo.
Segundo o Dieese, o salário mínimo ideal no Brasil é de R$ 3.747,10, número quase quatro vezes maior do que o salário mínimo atual, de R$ 954,00. Se o mínimo ideal está bem distante da realidade brasileira, imagine o de um grande executivo.