Programa habitacional tem o pior investimento
Criado há 10 anos com o objetivo de reduzir o déficit habitacional, o programa Minha Casa, Minha Vida vem sofrendo sucessivos cortes diante do desequilíbrio nas contas públicas. Entre 2009 e 2018, a média destinada para o programa era de R$ 11,3 bilhões por ano. No entanto, com o governo Bolsonaro, o cenário de investimento entrou no pior ritmo de orçamento da história.
Até julho deste ano, o MCMV recebeu apenas R$ 2,6 bilhões do Tesouro. E para completar, nesta segunda-feira (03/09), foram destinados R$ 600 milhões para destravar as obras do PAC (Programa de Aceleração de Crescimento), sendo apenas R$ 443 milhões ao programa habitacional.
Devido aos cortes nos recursos destinados para o programa, o PAC não vai mais receber novas obras, permanecendo apenas com as execuções já contratadas. Ou seja, os recursos que deveriam alcançar mais de R$ 11 bilhões por ano, em nove meses ainda não chega nem perto da metade. Consolidando o cenário de retrocesso para as iniciativas voltadas à população mais vulnerável e de baixa renda que reduziam as desigualdades sociais no Brasil.