Refeições fora de casa pesam no bolso
A correria do dia-a-dia acaba sendo um incentivo para a má alimentação. Comer fora de casa já é normal para grande parte da população, em especial os que estudam e trabalham durante o dia. No entanto, esse costume pode trazer inúmeras consequências para a saúde.
De acordo com a POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares), do total das despesas das famílias brasileiras com alimentação, quase um terço (32,8%) é dedicado à refeições fora do domicílio (2017-2018). Isso porque a jornada de trabalho corresponde a 44 horas semanais, com duração máxima de 8 horas diárias. Ou seja, 80% dos trabalhadores investem boa parte do dinheiro apenas em comida.
Acontece que essa rotina prejudica a saúde. A maioria, por chegar exausto em casa, acaba não fazendo comida para o dia seguinte, optando por comprar lanches e fast food (19%). Apenas 53% da população costuma se alimentar em casa pelo menos uma vez na semana.
O hábito, obviamente, impacta no orçamento, que deveria gastar apenas 37,58% com o supermercado referente a renda mensal (R$ 998,00). No entanto, um estudo do Cuponation constatou que as famílias estão gastando até R$ 653,21 a mais do que o valor indicado. Ou seja, até 130,63% do que deveriam de fato gastar.
Além do bolso, a saúde também sente. Cerca de 11 milhões de pessoas morrem por doenças provocadas por problemas cardiovasculares, e as demais por câncer ou diabetes tipo 2, associadas à obesidade e ao modo de vida (sedentarismo, alimentação, desequilibrada).