Centrais querem criação de fundo de proteção à vida

Ao contrário do pacote de medidas econômicas anunciadas pelo governo, que mais uma vez beneficia o capital e prevê apenas R$ 200,00 ao trabalhador informal e redução da jornada e do salário de milhões de pessoas, as centrais sindicais ampliam as conversas no Congresso Nacional para a criação de um fundo emergencial que garanta emprego e renda aos mais vulneráveis durante a crise causada pelo coronavírus.


O presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, garantiu apoio à iniciativa. As centrais querem que o governo invista R$ 75 bilhões do Tesouro Nacional para garantir, pelos próximos três meses, renda equivalente a meio salário mínimo para 50 milhões de trabalhadores, evitando aumento do desemprego e da pobreza. Depois de reunião, Rodrigo Maia disse que vai criar um grupo de trabalho para discutir o assunto.


Segundo o documento, garantir renda a 50 milhões, das 94,6 milhões de pessoas nos mercados formal e informal, seria suficiente para atravessar o período mais crítico e manter a economia em funcionamento. Outras propostas são aumentar o número de parcelas do seguro-desemprego e de beneficiados do programa Bolsa Família.


As centrais também querem a suspensão do pagamento dos juros da dívida pública que o governo federal faz aos bancos. O Brasil gasta por ano cerca de R$ 500 bilhões com pagamento de juros da dívida pública. Valor que pode ser usado para ajudar os brasileiros e a economia no cenário de crise.