Medidas de governo contra crise são insuficientes

As medidas do governo Bolsonaro anunciadas para que que a população tenha renda garantida enquanto durar a crise provocada pelo coronavírus, na verdade, reduz o poder de compra do trabalhador. 


Entre os anúncios feitos pela equipe econômica, a permissão para as empresas cortarem em 50% a jornada e os salários dos empregados, o que deve ser feito através de Medida Provisória enviada ao Congresso Nacional.


A proposta tem sido duramente criticada pela sociedade. Ao invés de o governo isentar o cidadão das contas de água, luz ou dar suporte financeiro capaz de garantir o pagamento das contas do mês, como alguns países europeus fazem, mexe ainda mais no bolso do trabalhador.

 
A diminuição da jornada e de salário está prevista na CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), desde que haja intermediação dos sindicatos. Porém, não houve nenhuma sinalização neste sentido. 


A iniciativa, além de tirar o poder dos sindicatos, já que o funcionário vai negociar a redução diretamente com o patrão, provoca queda na renda do trabalhador. E como no Brasil, é comum a exceção virar regra, o temor de que passada a crise, as empresas mantenham o corte.