Protesto no Bradesco contra milhares de demissões 

Com mais de 12 mil demissões este ano e mais de 3 mil só nos últimos meses, os bancos privados ajudam a aumentar a lista de desempregados no país (14 milhões). No intuito de chamar atenção da população, o Sindicato da Bahia e a Federação da Bahia e Sergipe realizam manifestações, ações e tuitaços nas redes sociais contra os desligamentos promovidos pelo setor bancário.


Nesta sexta-feira (23/10), o protesto das entidades foi na porta das agências do Bradesco da avenida Sete de Setembro, no Centro de Salvador. O banco faz propaganda de futuro, mas promove retrocesso ao demitir mais de 1,2 mil trabalhadores e prejudicar os clientes.


Vale lembrar que os bancos descumprem o compromisso firmado com os sindicatos de que não iam demitir no período, mas desligam os empregados até mesmo por ligação telefônica, aplicativos de reunião virtual, WhatsApp e e-mail. 


Para se ter uma ideia do estrago, além do Bradesco, o Santander já demitiu mais de 1,2 mil bancários este ano, o Itaú mais de 600 funcionários e o Mercantil do Brasil dezenas. Lógico que os trabalhadores estão sendo prejudicados, mas a sociedade também paga caro com o descaso das empresas. Os clientes pagam altas taxas e juros e sofrem com atendimento precário e agências lotadas.


Apenas preocupados com a imagem, os banqueiros torram milhões com publicidade querendo mostrar o lado humano, mas esquecem que responsabilidade social significa respeitar os bancários e manter os empregos da categoria durante a maior crise sanitária vista nos últimos 100 anos. Mesmo na pandemia de Covid-19, Itaú, Bradesco e Santander conseguiram lucrar R$ 21,7 bilhões nos primeiros seis meses deste ano. Dinheiro não é problema.