Estatais lucram alto, mas seguem na mira de Bolsonaro

As empresas públicas são extremamente importantes para a população e, consequentemente, para o desenvolvimento social e econômico do país. As estatais também são lucrativas, mas o governo Bolsonaro quer desmontá-las para poder privatizar. Este é o plano e Jair Bolsonaro e equipe econômica não fazem questão de esconder a sanha privatista. 


Em 2019, as empresas obtiveram lucratividade recorde de R$ 109,1 bilhões. Aumento de 53% em relação ao ano anterior. O lucro líquido de R$ 59 bilhões do setor financeiro – Banco do Brasil, Caixa, BNDES, entre outros – foi o responsável pela alta. As informações constam na 13ª edição do Boletim das Empresas Estatais Federais.


O valor de participação da União nas 46 empresas públicas com controle direto cresceu 29% entre 2018 e 2019. Com o salto, passou de R$ 318 bilhões para R$ 410 bilhões. O BB, Caixa, BNDES Eletrobras e Petrobras, responderam, juntas, por quase 90% do resultado.  


As mais lucrativas são justamente as que mais sofrem com a agenda privatista do governo federal.Desmonte do patrimônio nacional. A intenção é repassar o lucro para o setor privado, gerar demissões em massa de trabalhadores, fechar setores e comprometer o atendimento à população. As privatizações das estatais brasileiras vão dificultar a retomada do crescimento econômico e geração de empregos, agravando a crise econômica e social, sobretudo após a pandemia.