Sindicato cobra da Fenaban medidas de proteção à vida

Com o surgimento de novas variantes do coronavírus, e o agravamento da pandemia no país, os bancos precisam, urgentemente, reforçar os protocolos para proteger os trabalhadores. A cobrança foi feita pelo Comando Nacional dos Bancários à Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), durante reunião por videoconferência, nesta sexta-feira (05/03).

 

Para reduzir a possibilidade de contágio, o Comando quer medidas mais rígidas, como a redução do horário de funcionamento das agências, ampliação do número de funcionários em trabalho remoto, barreiras de acrílico nas unidades, e o fornecimento de material de proteção pessoal adequado.

 

Os sindicatos denunciaram diversas agências que estão desrespeitando a necessidade de fechamento das unidades e o afastamento dos trabalhadores, em caso de suspeita de infecção. Os dirigentes destacaram que, muitas vezes, as medidas não funcionam, porque muitos gestores têm medo de ficar sem equipe. Os bancos demitiram muito e as agências funcionam no limite. Outra demanda cobrada desde o início da pandemia, no ano passado, é a testagem ampla dos bancários.

 

O presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, denunciou o desrespeito das empresas aos decretos estadual e municipal que estabelecem medidas restritivas, com o fechamento de todas as atividades não essenciais. As áreas meio de alguns bancos, que não têm atendimento ao público, seguem em pleno funcionamento, mesmo com o sistema de saúde à beira do colapso.

 

O Sindicato cobra dos bancos medidas para proteger os trabalhadores e a sociedade desde o início da pandemia. "Com o agravamento do risco de contaminação, intensificamos a luta em defesa da vida, do emprego e da vacina", ressalta Augusto Vasconcelos. O fim das demissões - em 2020 foram mais de 10 mil - e  a suspensão das metas também foram reivindicados.

 

Outros problemas

O sistema de refrigeração de algumas agências é outro problema enfrentado pelos bancários da Bahia. Quando o ar condicionado quebra, as unidades têm de usar ventiladores. O receio é de que o calor aumente o perigo de proliferação do vírus.

 

A Fenaban prometeu dar respostas na próxima reunião, marcada para semana que vem. A videoconferência contou ainda com a participação do presidente da Federação da Bahia e Sergipe, Hermelino Neto.