Novo auxílio não compensa perdas das pessoas

A população apta a receber o novo auxílio emergencial não tem uma compensação de renda efetiva em comparação aos níveis pré-pandemia. A conclusão é do estudo da FGV (Fundação Getúlio Vargas), que revela ultrapassar o índice de 40% das pessoas desamparadas com o benefício.


A nova rodada do auxílio compreende no pagamento de quatro parcelas, com três valores disponíveis de acordo com o perfil do solicitante. Para quem mora sozinho, o valor é de R$ 150,00, seguido por famílias com duas ou mais pessoas, que recebem R$ 250,00, e de  R$ 375,00 para mulheres chefes do lar sozinhas.


No primeiro grupo, que representa 43% do total dos beneficiários da nova rodada, composto por mais de 20 milhões de pessoas, os pesquisadores calculam que o valor não é suficiente para evitar a perda de renda.  Já o pagamento de R$ 250,00, que corresponde a 16,7 milhões de beneficiários dentro do total, não representa uma compensação para todos os estados, e somente os R$ 375,00, conseguem compensar perdas para todas as regiões.


O estudo conclui que o novo auxílio é insuficiente em um cenário de incertezas ainda grandes sobre a recuperação econômica. Com o descontrole da pandemia no Brasil, as pessoas não podem exercer as atividades de maneira normal, e o governo tem atuado de forma inoperante para socorrer dignamente os trabalhadores para que possam se resguardar em casa.