Pandemia do coronavírus e excesso de trabalho adoecem

A pandemia de Covid-19 evidenciou um problema já recorrente no mundo atual. Raros são os casos de trabalhadores que nos últimos meses não teve a sensação de que não está dando conta do recado. O ambiente de trabalho não ajuda, excesso de atividades, responsabilidade e competição. Tudo isso pode desencadear problemas de saúde, como a síndrome de burnout.


De acordo com pesquisas realizadas pela Isma-BR (International Stress Management Association no Brasil), a síndrome atinge cerca de 33 milhões de brasileiros.


O esgotamento físico e mental em função do trabalho, também chamado de síndrome de burnout, se caracteriza, sobretudo, por um estado de tensão emocional e estresse crônico provocado por condições de trabalho desgastantes. Os bancários bem sabem disso.


A categoria, que já sofria com o assédio moral e a cobrança pelo batimento de metas, está pedindo socorro. Com a adoção do teletrabalho, a coisa piorou. Não tem hora para receber ligações e cobranças por resultados. Os bancos não respeitam a hora de descanso. A sobrecarga é rotina.


Mas, é importante atentar que os casos também estão ligados a precarização da seguridade social, competitividade desenfreada e a busca por lucro por parte de empresas a qualquer custo, comportamento crescente com a lógica neoliberal dos últimos anos.