Sobrecarga nas agências digitais do Itaú

No Itaú, os funcionários das agências digitais estão esgotados com o excesso de metas, pressão para o cumprimento de resultados e o assédio moral. As denúncias acontecem tanto no segmento Personnalité como no Uniclass por conta do número de clientes que aumentou para cada trabalhador e o acúmulo de funções.

 

Em algumas agências Personnalité, o banco tem implantado um modelo no atendimento chamado “Smart”, ainda na fase de projeto piloto. Neste caso, a quantidade de correntistas dobrou em cada carteira dos gerentes, resultando em afastamento por adoecimento mental e pedidos de demissão por aumento de pressão. De 700 a 800 clientes, as carteiras passaram para 1.500 e os empregados ganharam nova atribuição como tutores.

 

Além de ser também tutor de assistentes ou tutor de satisfação, alguns gerentes viraram backup de gerente geral. Ou seja, acúmulo de funções. O Itaú acabou com os líberos, alterando o cargo de alguns funcionários e outros ainda aguardam a realocação, o que gera um clima de apreensão e medo de ser demitido. Também cria uma carteira Master no segmento Personnalité para migração dos antigos líberos e quem não tiver uma boa performance será demitido.

 

É um absurdo um banco que lucrou R$ 13 bilhões no primeiro semestre do ano promover tanta sobrecarga de trabalho. O Itaú possuía 847 clientes para cada empregado em junho de 2017, mas essa relação subiu para 1.001 correntistas para cada trabalhador em junho deste ano. Triste realidade.

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