Agronegócio aumenta o desmatamento e a fome
Infelizmente, os incêndios estão ligados ao agronegócio e ao avanço da fome no Brasil. É o que aponta o dossiê Agro é Fogo. Só em setembro, quatro estados e o Distrito Federal ultrapassaram a média histórica de fogo.
A queimada está sendo utilizado como arma para o avanço da grilagem - apoiada pelo governo Bolsonaro - de terras e a expulsão de comunidades dos territórios, provocando impactos ambientais, como seca e desmatamento.
Segundo o documento, a área que poderia ser destinada a plantar alimentos presentes no cotidiano da população foi reduzida na última década. Atualmente, o arroz, trigo e feijão representam só 8% da produção nacional.
Enquanto isso, as terras do país estão majoritariamente designadas à concentração de commodities de soja e milho, que equivalem a 88% da última safra de grãos do país.
De janeiro a outubro de 2020, os incêndios atingiram 4,1 milhões de hectares do Pantanal. Só em setembro deste ano, a situação foi dramática nos estados de São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Piauí e no Distrito Federal, com percentual de alta entre 12% e 118%.