Segunda tem rodada sobre PLR e remuneração variável

Independentemente dos debates sobre aumento real de 5% no salário e mesmo percentual de reajuste para os vales refeição e alimentação, os bancários esperam que os bancos deem resposta satisfatória sobre a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e a remuneração variável, na reunião de segunda-feira (08/08).


O sistema financeiro pode atender tranquilamente as demandas da categoria, pois dinheiro não é problema. Basta ver os lucros astronômicos e cada vez mais crescentes. Sem falar nos R$ 1,2 trilhão liberados pelo governo Bolsonaro no início de 2020 “para enfrentar a pandemia”.  


Entre 2003 e 2021, o lucro líquido dos maiores bancos do país cresceu 190% acima da inflação. No primeiro trimestre deste ano, o balanço do BB, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander registrou lucro de R$ 28,1 bilhões, crescimento de 17,5% em relação ao mesmo período do ano passado. 


Outro dado que corrobora as reivindicações da categoria é que desde 2017 as despesas dos bancos com pessoal reduziram 15% em termos reais. Enquanto isso, a remuneração média dos bancários caiu 2% desde 2014. Tem mais, a redução do emprego resultou em corte na massa salarial do setor de 20% nos últimos oito anos. Com os ganhos reais que os empregados passaram a receber desde 2014, o aumento da remuneração média chegou a 12%, enquanto o lucro das empresas no mesmo período elevou 222%.


A rentabilidade média dos bancos também ficou, em média, 3,2 vezes acima do IPCA nos últimos cinco anos. É vital manter firme a mobilização para que os banqueiros apresentem um acordo digno na mesa de negociação.