Cresce o número de famílias com risco de despejo

O governo Bolsonaro conseguiu acabar com as políticas sociais. O número de famílias ameaçadas de despejo multiplicou no Brasil. A estimativa é de que 201,3 mil famílias tenham passado a viver nesta condição entre março de 2020 e outubro de 2022.


Segundo o levantamento da Campanha Despejo Zero, desde o início da pandemia, em março de 2020, a quantidade de pessoas na iminência de perder o teto cresceu 901%. O último dado, de maio passado, apontava a existência de 142.385 famílias sob despejo iminente, sendo que nesse intervalo, o número de famílias na situação saltou 32%.


O estudo do Despejo Zero ainda revela que cerca de 600 mil pessoas são negras, 154 mil são crianças e 151 mil, idosas. Outro dado assustador é que mais de 40% das famílias recebem até um salário mínimo, atualmente em R$ 1.212,00. São Paulo é o estado com a maior população em risco, seguido pelo Amazonas.


No Senado, tramita um projeto de lei que prorroga o prazo para remoção de famílias até 31 de março de 2023. Mas, enquanto não for aprovado, a ameaça de despejo se mantém, agravada pelo empobrecimento e endividamento das famílias e a extinção do Minha Casa Minha Vida