No Brasil, 4,2 milhões de pessoas voltam à pobreza

O ultraliberalismo aprofundado no Brasil com Bolsonaro fez aumentar a desigualdade no Brasil, uma das maiores do mundo, e 4,2 milhões de pessoas foram empurradas para a pobreza. É o que aponta estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). 


A parcela da população com renda per capita de apenas R$ 292,00 mensais subiu de 12,8%, em 2012, para 15,7% no ano passado, o maior nível da série histórica. Hoje, 33 milhões vivem na pobreza. 


O estudo confirma que 70% do aumento da desigualdade é resultado da piora na distribuição de renda. Quer dizer, enquanto os mais vulneráveis perdem o pouco que têm, os mais ricos acumulam mais. 


Para se ter ideia, a parcela de brasileiros que faz parte do 1% mais ricos recebe, em média, 38,4 vezes mais do que a metade das pessoas mais pobres, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 


Por isso, especialistas indicam que para mudar o cenário o país precisa tributar mais renda do capital no nível da pessoa física e implantar um modelo que reduza os hiatos entre a renda do capital e a do trabalho.