Favelas estão em ebulição

No calor sufocante, as favelas tornam-se zonas de sofrimento. O estudo do Instituto Nacional de Meteorologia revela que setembro atingiu a temperatura mais elevada em duas décadas, e as favelas, sentiram isso intensamente. Uma cruel ironia é que, nos meses mais frios, julho e agosto, as temperaturas alcançaram níveis históricos, com 36,5º e 38,7ºC. 

Enquanto o mundo enfrenta uma escalada de problemas decorrentes da crise climática, as favelas brasileiras emergem como epicentros do tempo quente. Ondas de calor recordes, incêndios e enchentes catastróficas têm varrido o planeta, mas são as comunidades mais vulneráveis que sentem as consequências de forma aguda.


No calor sufocante, as favelas tornam-se zonas de sofrimento. O estudo do Instituto Nacional de Meteorologia revela que setembro atingiu a temperatura mais elevada em duas décadas, e as favelas, sentiram isso intensamente. Uma cruel ironia é que, nos meses mais frios, julho e agosto, as temperaturas alcançaram níveis históricos, com 36,5º e 38,7ºC. 


A densidade demográfica das comunidades amplifica o impacto, tornando a sensação térmica ainda mais insuportável. No Complexo de Favelas da Maré, por exemplo, com mais de 139 mil habitantes em 4 km², a falta de vegetação agrava a situação.


Enquanto as periferias enfrentam as consequências da crise climática, a 28ª Conferência do Clima da ONU, a COP28, surge como passo para a transformação. O planeta clama por ações decisivas. Esta é a oportunidade para os líderes mundiais assumirem compromissos de reparação histórica com o planeta. 


Os países mais ricos têm uma responsabilidade e não podem mais ignorar a crise. A COP28 é o palco onde devem não apenas reconhecer, mas agir para corrigir as desigualdades ambientais. O mundo está aquecendo, mas a resposta deve ser um chamado coletivo à ação global.