Bancos privados emitem mais energia suja 

O relatório Os Lucros do Colapso, de 2023, revela que Santander e Bradesco financiam empresas de queima e derrame de petróleo, responsáveis pela destruição do bioma. O Itaú aparece como o terceiro maior destruidor da Amazônia. À frente, apenas JPMorgan e Citibank. 

Por Camilly Oliveira

Os bancos fazem muita propaganda enganosa. Anunciam aos quatro cantos que são sustentáveis, preocupados com o meio ambiente, mas, na prática, não têm qualquer compromisso socioambiental. Os dados mostram.


O relatório Os Lucros do Colapso, de 2023, revela que Santander e Bradesco financiam empresas de queima e derrame de petróleo, responsáveis pela destruição do bioma. O Itaú aparece como o terceiro maior destruidor da Amazônia. À frente, apenas JPMorgan e Citibank. 


Nos últimos 15 anos, o maior banco privado do país investiu mais de US$ 1,74 bilhão na expansão do Complexo de Gás de Parnaíba, conhecido como “bomba de carbono”, capaz de liberar mais de 1 gigatonelada de CO2 na atmosfera. 


O Santander não fica atrás. A empresa espanhola tem mais de 95 negócios ligados à Amazônia. Os investimentos nocivos ao meio ambiente ultrapassam US$ 1,27 bilhão. O valor coloca o banco no quinto lugar de maior contribuinte para a expansão do setor de petróleo na região.