No Brasil desigual, a insensatez dos bancos

É fato que a democracia social tem melhorado a vida dos brasileiros. Mas, os estragos causados pelo ultraliberalismo ainda são enormes. O quadro ainda é delicado. Menos para os bancos, que seguem no “céu de brigadeiros”

É fato que a democracia social tem melhorado a vida dos brasileiros. Mas, os estragos causados pelo ultraliberalismo de Temer e, sobretudo, Bolsonaro, ainda são enormes. As desigualdades são gritantes. Em 2023, o 1% da população com maior rendimento tinha renda mensal (R$ 20.664,00) que chegava a 39,2 vezes à dos 40% de menor renda (R$ 527,00).

 

Embora a fome tenha reduzido significativamente, 8,6 milhões de pessoas ainda vivem em insegurança alimentar grave. O desemprego é outro problema. Quase 2 milhões de brasileiros procuravam trabalho há dois anos ou mais no país no primeiro trimestre. O quadro ainda é delicado. Menos para os bancos, que seguem no “céu de brigadeiros”, destacou a economista do Dieese, Ana Georgina, em participação na 26ª Conferência da Bahia e Sergipe, na manhã deste sábado.

 

Os cincos maiores em atividade no Brasil – BB, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander -, lucraram nada menos do que R$ 29,2 bilhões nos primeiros três meses do ano. Em 2023, o resultado chegou a R$ 108,6 bilhões. Em 12 meses encerrados em março, os ativos das organizações financeiras somaram R$ 10,1 trilhões.

 

Embora ganhem dinheiro difícil até de imaginar, as empresas não têm qualquer responsabilidade social com o país. Pelo contrário. Demitem em massa – em 2023 foram fechados 2.173 postos de trabalho e no primeiro trimestre mais 229 -, fecham agências (640 no ano passado) e, atuam, paralelamente no Congresso Nacional, fazendo lobby pela aprovação dos projetos mais reacionários, de concentração da riqueza e retirada de direitos básicos. Extremamente nocivos aos brasileiros.