Extrema direita insiste no ódio
A crise nas democracias liberais, incapazes de resolver os problemas da maioria da população, abre espaço para discursos anti-sistêmicos e de ruptura, promovidos por forças conservadoras que buscam minar as instituições democráticas
Por William Oliveira
Nos últimos anos, a violência política tem aumentado, impulsionada pelos discursos de ódio e pela "guerra cultural" promovida nas redes sociais. Esta batalha de narrativas, alimentada principalmente por grupos conservadores e de direita, busca polarizar a sociedade em torno de binarismos excludentes e intolerantes.
Nos Estados Unidos, o ex-presidente Donald Trump e seu estrategista Steve Bannon foram fundamentais para a ascensão desse tipo de retórica.
Especialistas apontam que a violência política atual é legitimada por uma visão autoritária que prega a eliminação das diferenças pela força. Este fenômeno não se limita aos EUA, mas também se manifesta no Brasil e em outras partes da América Latina, onde discursos ultraconservadores promovem o ódio e a intolerância contra segmentos da sociedade.
As redes sociais desempenham um papel central na disseminação de desinformação, amplificando visões equivocadas e incendiárias que antes não teriam tanta circulação.
A crise nas democracias liberais, incapazes de resolver os problemas da maioria da população, abre espaço para discursos anti-sistêmicos e de ruptura, promovidos por forças conservadoras que buscam minar as instituições democráticas