Fenaban aposta na divisão

A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) surpreendeu negativamente o Comando Nacional dos Bancários na sexta rodada de negociação, realizada nesta quarta-feira (07/08). Teve o desplante de propor fragmentar a categoria e dar reajustes salariais diferenciados. Ideia negada veementemente na hora.

Por Redação

A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) surpreendeu negativamente o Comando Nacional dos Bancários na sexta rodada de negociação, realizada nesta quarta-feira (07/08). Teve o desplante de propor fragmentar a categoria e fazer negociações diferenciadas por setor e cargo. Ideia negada veementemente na hora.

 


Os bancários formam a primeira categoria a conquistar uma Convenção Coletiva de Trabalho unificada. Quer dizer, direitos iguais para todos, independentemente de setor. Não vão agora aceitar retrocessos. Quaisquer que sejam. 

 


“A partir de agora, nossa campanha ganha nova dinâmica, intensificando o diálogo com a base e população, também vítima do sistema financeiro”, destacou o presidente em exercício do Sindicato dos Bancários da Bahia, Elder Perez.  

 


Diante da afronta, a categoria deve ampliar as manifestações. Segunda-feira (12/08) já tem Dia Nacional de Mobilização, para pressionar por uma proposta justa e digna, sem perdas. No dia seguinte, terça-feira (13/08), tem mais uma rodada de negociação. Os bancos prometem respostas. Mas, a categoria sabe. Tem de arregaçar as mangas e lutar.

 


As empresas podem atender. Em 2023, o lucro líquido das cinco maiores do setor chegou a R$ 108,6 bilhões. Em 10 anos (2013 a 2023), o lucro líquido real, acima da inflação, cresceu 169%. A inflação controlada e o mercado de trabalho aquecido contribuem para um bom desfecho.