Na cola do cibercrime
É vista com bons olhos a criação, por parte do Ministério da Justiça, do Grupo de Trabalho para discutir ações de prevenção e combate a fraudes, golpes e crimes cibernéticos.
Por Ana Beatriz Leal
A informação de que 24% dos brasileiros perderam dinheiro nos últimos 12 meses por crimes cibernéticos requer uma atitude enérgica e eficaz dos bancos, que obtêm lucros exorbitantes à custa dos clientes, para combater as práticas dos bandidos.
Neste cenário perigoso, é vista com bons olhos a criação, por parte do Ministério da Justiça, do Grupo de Trabalho para discutir ações de prevenção e combate a fraudes, golpes e crimes cibernéticos.
A medida está prevista no acordo de cooperação técnica celebrado entre a pasta e a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), em agosto de 2024. O GT terá duração de 180 dias, contados a partir da primeira reunião. Os encontros devem ocorrer a cada 15 dias.
Não é razoável que um setor que tenha lucros exponenciais negligencie a segurança dos clientes. Dados da Associação de Examinadores Certificados de Fraude, de 2023, mostram que o Brasil ocupa a preocupante posição de terceiro maior alvo de fraudes no mundo, com 2.800 tentativas reportadas por minuto. Preocupante.