Renda melhora, mas desigualdade continua

A disparidade ainda é grande, no entanto, se considerado que em 2018 eram 17,8 vezes mais, pode-se afirmar que a população mais pobre tem alcançado maiores rendimentos.

Por Itana Oliveira

O Brasil registrou a menor diferença entre os mais ricos e os mais pobres desde 2012. Os 10% mais favorecidos ganham 13,4 vezes mais do que os 40% menos abastados, que têm renda média de R$ 601,00. A disparidade ainda é grande, no entanto, se considerado que em 2018 eram 17,8 vezes mais, pode-se afirmar que a população mais pobre tem alcançado maiores rendimentos. A questão é que os mais ricos também.

 

Entre o 1% mais rico, a desigualdade é ainda maior: 36,2 vezes a mais do que os 40% mais pobres. O número não é apenas técnico, a prática não se refere apenas ao poder de compra. Quer dizer, enquanto uma parcela mínima consegue andar de jatinho particular e gastar milhares em restaurante, tem gente sem comer, escolhendo se deve pagar a conta de luz ou de aluguel.

 

Em relação às regiões, o Nordeste ainda é o mais prejudicado, com renda per capita de R$ 408,00 seguido da região Norte, com R$ 444,00. O Sul está no topo, com R$ 891,00. Na segunda posição está o Sudeste, com R$ 765,00, e em terceiro o Centro-Oeste, com renda per capita de R$ 757,00. 

 

Os dados são da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada nesta quinta-feira (08/05) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).