A riqueza concentrada do sistema financeiro
Enquanto os banqueiros comemoram a bonança e acumulam riquezas, agências são fechadas, postos de trabalho extintos, e os trabalhadores que permanecem nas unidades são encurralados com metas abusivas, pressão e assédio moral. A terceirização também é uma estratégia para reduzir custos.
Por Ana Beatriz Leal
Mais um dado para comprovar o superlucro dos bancos e mostrar como o rentismo concentra riquezas. Somente os três maiores bancos privados em atividade no Brasil - Itaú, Bradesco e Santander - ganharam, juntos, R$ 43,9 bilhões em valor de mercado após a divulgação dos balanços do primeiro trimestre de 2025.
Os dados do levantamento, feito a partir dos dados da B3, mostram uma rentabilidade sólida do sistema financeiro, que contrasta fortemente com a realidade dos bancários, diga-se de passagem, quem contribui para os ganhos astronômicos.
Enquanto os banqueiros comemoram a bonança e acumulam riquezas, a lucratividade do Itaú no primeiro trimestre foi de R$ 11,128 bilhões, o Bradesco lucrou R$ 5,86 bilhões e o Santander, R$ 3,86 bilhões, agências são fechadas, postos de trabalho extintos, e os trabalhadores que permanecem nas unidades são encurralados com metas abusivas, pressão e assédio moral. A terceirização também é uma estratégia para reduzir custos.
Os lucros não são revertidos em valorização dos funcionários. Pelo contrário. São substituídos por máquinas e os investimentos, ao invés de serem para melhores condições de trabalho, vão para a automação e tecnologia. Inversão de valores, prioridades e falta de responsabilidade.