BNB: Trabalho digno é saúde
Não é de hoje que a rotina nas agências bancárias se tornou um campo minado para a saúde mental. Pressões por metas inalcançáveis, jornadas estendidas e ausência de estrutura adequada adoecem silenciosamente quem sustenta a operação dos bancos. É o caso do BNB, onde o número de afastamentos por transtornos mentais não para de crescer.
Por Redação
Não é de hoje que a rotina nas agências bancárias se tornou um campo minado para a saúde mental. Pressões por metas inalcançáveis, jornadas estendidas e ausência de estrutura adequada adoecem silenciosamente quem sustenta a operação dos bancos. É o caso do BNB, onde o número de afastamentos por transtornos mentais não para de crescer.
Foi por isso que, nesta terça-feira (27/05), o Sindicato da Bahia, ao lado da Federação da Bahia e Sergipe e da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), realizou ato em frente à Superintendência do BNB, no Costa Azul. A mobilização cobrou condições dignas de trabalho, ergonomia nos postos e respeito à saúde dos funcionários, básico, mas ainda negligenciado.
A diretora do Sindicato, Jeane Marques, o total de afastamentos no banco contabiliza mais de 16 mil dias. Cerca de um quarto dos trabalhadores recorreu ao INSS por conta de doença mental. Os dados alarmantes apontam para uma realidade insustentável: gente adoecendo porque o trabalho adoece.
Enquanto o BNB anuncia contratações na área de TI, os sistemas continuam falhando. Resultado? Sobra para quem está na ponta, tentando dar conta de tudo sem apoio, sem estrutura, sem sequer equipamentos ergonômicos adequados. A precarização é estrutural e humana.
Por isso, o papel do movimento sindical é essencial. Não se trata apenas de salários ou benefícios, mas da defesa da saúde, da dignidade e da vida dos funcionários. Bancários precisam de suporte, não de metas que esgotam. O BNB tem uma missão estratégica para o desenvolvimento do Nordeste, mas nenhum desenvolvimento será possível sem cuidar de quem faz o trabalho acontecer.