Taxar super-ricos para frear desigualdades
A democracia social tem dados mostras do empenho para reduzir as desigualdades sociais, redistribuir os frutos da riqueza e promover a justiça fiscal global. A declaração recente do presidente Lula, em relação à criação de uma taxação internacional de 2% sobre o patrimônio dos super-ricos, é uma prova.
Por Ana Beatriz Leal
A democracia social tem dados mostras do empenho para reduzir as desigualdades sociais, redistribuir os frutos da riqueza e promover a justiça fiscal global. Mais uma prova disto é a declaração recente do presidente Lula, em relação à criação de uma taxação internacional de 2% sobre o patrimônio dos super-ricos.
A iniciativa arrecadaria até US$ 250 bilhões por ano para enfrentar os grandes desafios sociais e ambientais da atualidade. A proposta integra os esforços do governo brasileiro para buscar mecanismos de contenção da concentração extrema de riqueza e promover um modelo econômico mais equilibrado, que atenda as necessidades da maioria da população e não apenas de uma diminuta elite.
A estrutura desigual do sistema financeiro internacional, dominado pelos países ricos, foi criticada pelo presidente Lula, que defendeu uma reformulação de instituições como o Banco Mundial e o FMI (Fundo Monetário Internacional), a fim de aproximá-las das necessidades do Sul Global.