Em Salvador, trabalhadores exigem fim da 6x1!
Com faixas de luta e bandeiras de entidades sindicais e partidos progressistas, a manifestação reforçou a importância da mobilização popular em um momento decisivo
Por Julia Portela
O surpreendente número de manifestantes no ato de quinta-feira (10/07), na Estação da Lapa, em Salvador, deixa evidente a disposição dos trabalhadores em lutarem pelo fim da escala 6x1, até as últimas consequências. O movimento torna-se ainda mais animador diante da multidão que encheu a av. Paulista, no mesmo dia.
A mobilização reuniu dirigentes e ativistas dos movimentos populares e sociais, em defesa de duas pautas urgentes e indispensáveis para democracia: a taxação dos super-ricos e o fim da jornada exaustiva de trabalho no modelo 6x1, que nega o direito a um descanso semanal digno para milhões de brasileiros.
Com faixas de luta e bandeiras de entidades sindicais e partidos progressistas, a manifestação reforçou a importância da mobilização popular em um momento decisivo. Inclusive, no local foi instalada urna física para as pessoas votarem no plebiscito popular. A classe trabalhadora tem sido massacrada por um Congresso Nacional dominado por interesses empresariais e financeiros que insistem em ignorar as reivindicações do povo.
O Brasil vive um momento de disputa entre a democracia social de Lula e a barbárie defendida pela extrema direita, em encarnada acima de tudo em Bolsonaro, Tarcísio e toda extrema direita. A manutenção da escala 6x1 é uma afronta à dignidade humana, enquanto a resistência em taxar os super-ricos escancara a injustiça de um sistema que protege fortunas escondidas em paraísos fiscais e sacrifica quem realmente produz a riqueza deste país.
O atual modelo favorece banqueiros, grandes empresários e segue à custa da exploração de quem trabalha sem descanso.
O Sindicato dos Bancários e Federação da Bahia e Sergipe reafirmam compromisso com a democracia social, base para construção de um país mais justo. É hora de romper com a lógica ultraliberal que concentra renda, precariza vidas e destrói direitos. A rua segue como espaço de resistência e mobilização dos trabalhadores.