Estatais fortalecem a economia
As estatais federais seguiram trajetória de crescimento em 2024, com faturamento recorde de R$ 1,3 trilhão, aumento de 4,9% em relação a 2023, e ativos de R$ 6,7 trilhões, elevação de 10,9%.
Por Ana Beatriz Leal
Alvos de desmonte e sucessivas ameaças de privatização durante os governos ultraliberais de Temer e Bolsonaro, os números das empresas públicas provam porque não podem ser vendidas. As estatais federais seguiram trajetória de crescimento em 2024, com faturamento recorde de R$ 1,3 trilhão, aumento de 4,9% em relação a 2023, e ativos de R$ 6,7 trilhões, elevação de 10,9%.
Os dados do Relatório Agregado das Empresas Estatais Federais 2025 – ano-base 2024, que reúne os resultados das 44 companhias controladas diretamente pela União, mostram que as instituições responderam por 5,4% do PIB (Produto Interno Bruto) e investiram R$ 96 bilhões, crescimento de 44,1% ante 2023 e de 87,2% em relação a 2022.
Ao contrário do que propaga a iniciativa privada, sedenta para abocanhar o patrimônio público, as estatais entregam riquezas para o país e contribuem para a execução de políticas públicas essenciais ao desenvolvimento nacional.
O relatório chama atenção para o papel econômico, social, ambiental e estratégico das estatais. Foram aplicados R$ 106 bilhões em ações do Novo PAC, entre 2023 e 2024. No último ano, os bancos públicos ampliaram para R$ 500 bilhões o volume de crédito disponível no âmbito do Nova Indústria Brasil, com foco na reindustrialização verde, digital e inclusiva.
O BNDES fez a maior injeção de crédito da história, com R$ 276,5 bilhões. A maior carteira desde 2017 (R$ 584,8 bilhões) e a menor inadimplência do sistema (0,001%). O Banco do Brasil fechou 2024 com carteira de crédito agropecuário em R$ 397 bilhões, a maior da série histórica. Já Caixa respondeu por 67,2% do crédito imobiliário e destinou R$ 105 bilhões ao Minha Casa, Minha Vida.