Bradesco anuncia fechamento de agência histórica em Salvador

A agência Centro já foi referência na formação de gerentes regionais e um símbolo da presença do Bradesco na capital baiana. A unidade, que tem uma ampla carteira de correntistas, será desativada sem mais explicações no dia 19 de setembro, sendo incorporada pela Comércio/Mercado do Ouro.

Por Rose Lima

O Bradesco continua com política perversa de corte de custos. Desta vez, vai fechar a agência Centro, em Salvador, com 52 anos de história e relevância no sistema bancário baiano. O banco segue um padrão de desmonte que afeta a população e escancara o descaso com a prestação de serviços essenciais.

 

 

A agência Centro já foi referência na formação de gerentes regionais e um símbolo da presença do Bradesco na capital baiana. A unidade, que tem uma ampla carteira de correntistas, será desativada sem mais explicações no dia 19 de setembro, sendo incorporada pela Comércio/Mercado do Ouro. O anúncio causa apreensão entre os funcionários, que já vivem esgotados com metas e sobrecarga.

 

 

Neste ano, o Bradesco fechou outras três unidades em Salvador: Cabula, Itaigara e agora a histórica agência Centro. No interior, também desativou agências em Camaçari, Palmeiras e Rio do Pires. O total de fechamentos de unidades físicas, incluindo agências, postos de atendimento e unidades de negócios, chega a cerca de 6 mil em todo o país.

 

 

Enquanto a sociedade sofre com a redução do atendimento presencial, o Bradesco segue firme na estratégia de maximizar os lucros à custa dos funcionários e clientes que perdem acesso a um serviço essencial. Em um ano, foram quase 3 mil demissões em todo o Brasil, 300 somente na Bahia, resultado de uma política que corta custos a qualquer preço e ignora as consequências sociais. Enquanto isso, o lucro líquido chegou a escandaloso R$ 11,9 bilhões no primeiro semestre deste ano.