Justiça impede Bradesco de fechar unidade na BA

A expectativa no movimento dos trabalhadores é de que a decisão do Tribunal de Justiça da Bahia de obrigar o Bradesco a manter em funcionamento o único posto de atendimento existente no município de Chorrochó, a 507 quilômetros de Salvador, abra espaço para deliberações semelhantes Brasil afora e assim reforce a luta da categoria para barrar a política do sistema financeiro de fechamento de agências, que além de provocar demissões, deixa milhões de pessoas, especialmente no interior, sem os mais elementares serviços bancários.

 

Localizada no vale do São Francisco, a cidade tem cerca de 11 mil habitantes, mais de 25% deles com idade superior a 50 anos, e o posto é a única alternativa para quem precisa de atendimento presencial para receber benefícios, fazer saques, retirar extrato e outros serviços básicos. A unidade bancária mais próxima fica a 170 quilômetros de distância, no município de Paulo Afonso.

 

O banco havia anunciado o fechamento do posto de Chorrochó para o dia 22 próximo, mas a decisão do desembargador José Cícero Landim Neto mantê-lo em funcionamento até que outra unidade bancária seja aberta na cidade.

 

Somente este ano o Bradesco já fechou cerca de 6 mil agências no Brasil. Nos últimos meses, em Salvador, fechou as do Cabula, Itaigara e no próximo dia 19 encerra as atividades da histórica unidade do Centro, na Cidade Baixa, que já existe há 52 anos. No interior do Estado, recentemente promoveu fechamentos em Camaçari, Palmeiras e Rio de Pires, todas com manifestações e protestos do Sindicato da Bahia. A decisão da Justiça anima a luta da categoria.