Cerco se fecha por fake news do BB
Espalhar notícias falsas para confundir a população é uma velha estratégia da extrema direita para desvalorizar, ainda que de forma infundada, o que é público. Mas, o Brasil não é terra sem lei e agora os parlamentares Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Gustavo Gayer (PL-GO) terão de se explicar por divulgarem fake news sobre o BB.
Por Ana Beatriz Leal
Espalhar notícias falsas para confundir a população é uma velha estratégia da extrema direita para desvalorizar, ainda que de forma infundada, o que é público. Mas, o Brasil não é terra sem lei e agora os parlamentares Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Gustavo Gayer (PL-GO) terão de se explicar por divulgarem fake news sobre o BB.
A determinação é do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), a pedido do deputado federal Reimont (PT-RJ). A petição sustenta que as declarações configuram crimes como divulgação de informação falsa sobre instituição financeira, organização criminosa, crimes contra a economia popular e a ordem econômica.
Não por coincidência, os ataques vieram de parlamentares bolsonaristas. Em vídeo, Eduardo Bolsonaro (PL-SP disse que “o Banco do Brasil será cortado das relações internacionais, o que vai levá-lo à falência”. Já Gustavo Gayer (PL-GO) disse no Twitter: “Tirem seu dinheiro dos bancos. Moraes vai quebrar o Brasil”.
A representação ainda cita que a fala de Eduardo Bolsonaro é “manifestamente falsa” e tinha por objetivo espalhar o pânico financeiro. A declaração de Gustavo Gayer incitava uma corrida aos bancos, o que desestabilizaria o sistema financeiro nacional. Reimont pediu também a abertura de inquérito contra os parlamentares, além de medidas cautelares.
Os ataques fazem parte do conjunto de ações contra a soberania nacional. O BB é uma instituição forte, segura, que serve aos interesses da sociedade e do país.