Saúde Caixa em risco, a luta continua

Terça-feira tem Dia de Luta. Em Salvador, ações acontecem na agência de Armação, a partir das 9h. É importante a presença dos empregados e dirigentes sindicais.

Por Julia Portela

Em mais um dia de mobilização nacional, a ser realizado nesta terça-feira (07/10), os empregados da Caixa, mais dirigentes sindicais, ocupam as agências em todo o país para cobrar o fim do teto de 6,5% da folha salarial imposto aos gastos da empresa com o plano de saúde.


A luta é pela sobrevivência do Saúde Caixa e pela garantia de um atendimento digno e acessível aos trabalhadores, em especial os aposentados, os mais penalizados.


Desde 2017 (governo Temer), a categoria enfrenta o processo de desmonte do plano. A proposta do banco, que impõe aumento de mensalidades e cobrança por faixa etária, descaracteriza completamente o modelo solidário e de custeio, rompe o pacto que empurra milhares de empregados para a margem do sistema de saúde.


É urgente que a Caixa assuma a responsabilidade de cobrir os déficits do convênio. Cabe à empresa retomar o compromisso histórico de arcar com 70% dos custos do Saúde Caixa, garantindo sustentabilidade e inclusão, sem penalizar os que mais necessitam de atendimento médico contínuo.


A cobrança por faixa etária, vendida como solução, é mais uma armadilha: a falsa promessa de alívio financeiro em 2026 se transforma em novo golpe já no ano seguinte. Com reajustes previstos acima de 20% ao ano, somados aos agravamentos por idade e variação salarial, a mensalidade se tornará impagável para boa parte dos usuários, em especial para quem já contribuiu por décadas.


A defesa do Saúde Caixa é também uma defesa do papel social da Caixa enquanto banco público.