O novo rosto do vício

No Brasil, mesmo com a proibição da venda, o produto se espalhou como símbolo de status entre jovens de classe média, presente em festas, escolas e redes sociais. A cultura do pod virou moda e carrega o mesmo veneno que décadas atrás devastou gerações inteiras.

Por Camilly Oliveira

O alerta da OMS (Organização Mundial da Saúde) acende uma nova luz vermelha sobre a epidemia silenciosa que avança entre os jovens: o uso de cigarros eletrônicos. Mais de 15 milhões de adolescentes entre 13 e 15 anos fumam no mundo, impulsionados por uma indústria bilionária que disfarça vício com marketing colorido. 

 


No Brasil, mesmo com a proibição da venda, o produto se espalhou como símbolo de status entre jovens de classe média, presente em festas, escolas e redes sociais. A cultura do pod virou moda e carrega o mesmo veneno que décadas atrás devastou gerações inteiras.

 


Empresas exploram brechas legais, publicidade nas redes e a falta de fiscalização para capturar uma geração que cresce acreditando que o vapor é inofensivo. O relatório da OMS mostra que jovens têm nove vezes mais chance de começar a fumar do que adultos.

 


Enquanto o número de fumantes de cigarro convencional cai, o uso de dispositivos eletrônicos explode. O resultado é um retrocesso disfarçado de inovação. O país precisa escolher se vai proteger a juventude ou se continuará permitindo que empresas determinem o futuro de uma geração inteira.