A rua grita contra projeto de morte
As mobilizações reafirmam que a luta é indivisível.
Por Julia Portela
Milhares de pessoas foram às ruas em todo o país, no domingo, para denunciar a tentativa escandalosa do Congresso de anistiar os golpistas do 8 de janeiro de 2023, o marco temporal, instrumento de expropriação e genocídio indígena, e o avanço sistemático da violência contra as mulheres. Em Salvador, a orla da Barra foi ocupada pela resistência popular, transformando-se em trincheira de luta e denúncia.
Faixas e cartazes exigiram punição exemplar aos responsáveis pelos ataques à democracia e escancararam a captura do Estado por interesses privados, que operam para garantir privilégios, blindar criminosos e aprofundar a exploração do trabalhador. O grito coletivo de “Mulheres Vivas” ecoou como enfrentamento direto a uma política que naturaliza o feminicídio, legitima a transfobia e sustenta a violência como método de controle social.
As mobilizações reafirmam que a luta é indivisível. É pela defesa da democracia real, da vida e dos direitos do trabalhador, contra um projeto ultraliberal, autoritário e genocida da extrema direita que protege golpistas, relativiza a violência e trata corpos e existências como descartáveis.
