Discussão ambiental é inadiável

Segundo estudo realizado pela CNM (Confederação Nacional de Municípios), entre 2013 e 2025, as perdas econômicas em 95% das cidades brasileiras somaram R$ 732,2 bilhões, causadas por tragédias ambientais. 

Por Itana Oliveira

No Brasil, a COP 30 veio em um momento em que discutir desastres naturais é cada vez mais urgente. Segundo estudo realizado pela CNM (Confederação Nacional de Municípios), entre 2013 e 2025, as perdas econômicas em 95% das cidades brasileiras somaram R$ 732,2 bilhões, causadas por tragédias ambientais. 
 

A pesquisa ainda aponta que 70,3 mil decretações de situação de emergência ou calamidade pública obrigaram 6 milhões de pessoas a deixarem as suas casas. A questão ultrapassa as perdas materiais. Em 32 anos, o país registrou 5.142 mortes.
 

A proteção e eficiência da Defesa Civil são essenciais. No entanto, é de suma importância projetar ações de combate à degradação do planeta, pois o desafio é global, e a contribuição do Brasil, segundo país com maior área florestal do mundo, atrás apenas da Rússia, deve ser ainda mais expressiva.
Especialistas afirmam que frear o aquecimento global, um dos principais responsáveis pelos desastres naturais, é impossível. No entanto, o ser humano pode desacelerar o processo, visto que é o maior agente causador. Claro que o poder do capital em relação aos recursos naturais é massivo. Entretanto, à medida que a população toma consciência da importância e do impacto do cuidado ambiental, os efeitos podem ser cada vez menores.

 

Tragédia
Infelizmente, a discussão sobre eventos climáticos vem acompanhada do recente desastre registrado na última sexta-feira (07/11), no Paraná. Três tornados atingiram o estado e algumas cidades tiveram 90% dos imóveis destruídos. Cinco pessoas morreram, 750 ficaram feridas e mais de 1.000 desalojadas.