Pressão barra demissão de telefonistas
A luta pela manutenção dos empregos das telefonistas terceirizadas na Caixa conquistou uma importante vitória. A direção do banco suspendeu, por tempo indeterminado, o processo de demissão em massa que ameaçava cerca de 4.200 profissionais em todo o país, a maioria mulheres. A decisão representa um respiro diante de uma medida que, se concretizada, teria forte impacto social e humano.
Por Redação
A luta pela manutenção dos empregos das telefonistas terceirizadas na Caixa conquistou uma importante vitória. A direção do banco suspendeu, por tempo indeterminado, o processo de demissão em massa que ameaçava cerca de 4.200 profissionais em todo o país, a maioria mulheres. A decisão representa um respiro diante de uma medida que, se concretizada, teria forte impacto social e humano.
A suspensão é resultado direto da intensa mobilização liderada pelo Sindicato dos Bancários da Bahia, pioneiro na defesa das telefonistas. Desde o início, a entidade denunciou o caso, cobrou posicionamento da Caixa e elevou o debate para o nível nacional, articulando uma ampla rede de apoio às trabalhadoras.
Além da atuação firme do Sindicato, a pressão organizada pelo Sindlimp e pelas próprias profissionais também foi fundamental para dar visibilidade ao problema. A união entre categorias e movimentos sociais fortaleceu a resistência e mostrou a força da organização coletiva.
Relembre o caso
A notícia das demissões veio à tona no início deste mês, gerando ampla preocupação. A Caixa previa dispensar as telefonistas terceirizadas em todo o país, com a centralização do atendimento em Brasília, onde apenas 100 profissionais permaneceriam para dar conta da demanda nacional.
A proposta foi criticada por representar um retrocesso nas relações de trabalho e desprezar o papel histórico das profissionais na prestação do serviço ao público. Além da perda de empregos, o fim do atendimento local poderia comprometer a eficiência do serviço e a imagem institucional da Caixa.
Apesar da suspensão, o risco ainda existe. Por isso, o Sindicato segue vigilante e mobilizado para garantir que nenhum posto de trabalho seja extinto de forma arbitrária. A entidade também defende que o banco discuta alternativas viáveis para realocação e valorização das profissionais.