Saúde para quem mais precisa
A partir de agosto, operadoras privadas vão atender pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) como forma de quitar R$ 750 milhões de dívidas com a União. O programa Agora Tem Especialistas, apresentado pelo Ministério da Saúde com apoio da ANS (Agência Nacional de Saúde), transforma débito em serviço. Consultas, exames e cirurgias em seis áreas cruciais, como cardiologia, oncologia e ginecologia, vão chegar a quem mais precisa, sem custo, pela rede privada.
Por Camilly Oliveira
A partir de agosto, operadoras privadas vão atender pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) como forma de quitar R$ 750 milhões de dívidas com a União. O programa Agora Tem Especialistas, apresentado pelo Ministério da Saúde com apoio da ANS (Agência Nacional de Saúde), transforma débito em serviço. Consultas, exames e cirurgias em seis áreas cruciais, como cardiologia, oncologia e ginecologia, vão chegar a quem mais precisa, sem custo, pela rede privada.
As dívidas são antigas: operadoras deixaram de ressarcir o sistema público por atendimentos que deveriam ter coberto. Agora, terão que devolver à sociedade, na prática. O atendimento seguirá as filas do SUS e será prestado conforme a demanda de cada região. Os planos só abatem a dívida depois de entregar o pacote completo de cuidados, do diagnóstico ao tratamento.
Os estados e municípios vão escolher os serviços a partir de uma lista organizada pelo Ministério da Saúde. Cada operadora deverá oferecer pelo menos 100 mil atendimentos por mês. As menores, 50 mil, desde que atendam áreas críticas. Tudo será fiscalizado com apoio do governo federal.
O programa rompe com uma lógica antiga e injusta, em que o SUS sempre paga a conta. Agora, as empresas vão devolver em forma de cuidado o que nunca deveriam ter tirado. É uma medida que organiza o caos, desafoga as filas e fortalece o direito à saúde. É política pública pensada de baixo para cima, onde importa.