Mulheres indígenas são centro de conferência histórica

A força da conferência rompe com o silenciamento histórico imposto às guardiãs dos biomas e das ancestralidades. A IV Marcha das Mulheres Indígenas, que acompanha o evento, transforma a capital federal em território de resistência. Ao colocar as mulheres indígenas no centro das decisões, o governo rompe com séculos de invisibilidade e reconhece que sem elas não existe justiça climática, democracia plena ou futuro viável. 

Por Camilly Oliveira

Nesta quarta-feira, em Brasília, os movimentos sociais deram mais um importante passo com a 1ª Conferência Nacional das Mulheres Indígenas, articulada pelo Ministério dos Povos Indígenas, em parceria com o Ministério das Mulheres.

 


Durante o evento, Sonia Guajajara anunciou a construção do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres Indígenas, um marco inédito com 50 propostas prioritárias elaboradas coletivamente.

 


Pela primeira vez, o Estado reconhece institucionalmente a diversidade das demandas femininas dos povos originários, abrindo espaço para escuta e protagonismo político indígena.

 


As propostas enfrentam o Brasil real: violência de gênero, racismo, exclusão territorial, obstáculos no acesso à saúde e educação, além da luta contra a emergência climática. 

 


O plano propõe ações específicas em defesa da terra, do corpo e da memória, combatendo o apagamento das mulheres indígenas e garantindo voz nos espaços de poder. O GT oficializado pela portaria conjunta será responsável por transformar essas pautas em políticas públicas concretas.

 


A força da conferência rompe com o silenciamento histórico imposto às guardiãs dos biomas e das ancestralidades. A IV Marcha das Mulheres Indígenas, que acompanha o evento, transforma a capital federal em território de resistência. Ao colocar as mulheres indígenas no centro das decisões, o governo rompe com séculos de invisibilidade e reconhece que sem elas não existe justiça climática, democracia plena ou futuro viável.