BNDES atuante na reconstrução rural
Ao estimular a reestruturação produtiva, o programa reforça a democracia social e a função pública do crédito. O Estado, ao agir com sensibilidade e estratégia, não apenas resgata produtores, mas fortalece a soberania alimentar e a coesão territorial do país. O BNDES cumpre, assim, seu papel de banco de desenvolvimento, de transformar política econômica em justiça social e reconstruir, a partir do campo, um Brasil mais equilibrado e solidário.
Por Camilly Oliveira
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) lançou nesta quinta-feira (16/10) um programa de R$ 12 bilhões voltado à renegociação de dívidas rurais, abrindo novo capítulo na reconstrução da economia do campo. A iniciativa busca restaurar a capacidade produtiva de agricultores afetados por secas, enchentes e desastres climáticos entre 2020 e 2024.
O crédito poderá ser contratado por meio de instituições financeiras parceiras, com prazos de até nove anos e um de carência, aliviando o peso da dívida e permitindo que o pequeno produtor volte a investir, gerar renda e manter viva a produção nacional.
O plano reserva 40% dos recursos a agricultores familiares e médios produtores vinculados ao Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e ao Pronamp, justamente os mais impactados pelas perdas de safra. A medida corrige um desequilíbrio histórico, ao reconhecer que o campo brasileiro não é homogêneo e que a sobrevivência de quem produz em pequena escala é decisiva para a segurança alimentar.
Ao estimular a reestruturação produtiva, o programa reforça a democracia social e a função pública do crédito. O Estado, ao agir com sensibilidade e estratégia, não apenas resgata produtores, mas fortalece a soberania alimentar e a coesão territorial do país. O BNDES cumpre, assim, seu papel de banco de desenvolvimento, de transformar política econômica em justiça social e reconstruir, a partir do campo, um Brasil mais equilibrado e solidário.
