Tarifas ajudam a encher os cofres dos bancos

A diferença do pacote de serviços prioritários cobrado por BB, Bradesco, Caixa, Itaú, Safra e Santander chegou a 492%. Quer dizer, tem banco cobrando muito mais do que realmente deve

A ganância dos bancos na busca por mais dinheiro, mesmo com lucro de R$ 139 bilhões em 2022, além de colaborar com a pressão por metas e assédio, prejudica os clientes. As empresas promovem uma verdadeira extorsão. As tarifas são um bom exemplo.


Para se ter ideia, a diferença do pacote de serviços prioritários cobrado por BB, Bradesco, Caixa, Itaú, Safra e Santander chegou a 492%. Quer dizer, tem banco cobrando muito mais do que realmente deve.


No Safra, a transferência entre contas na própria instituição custa R$ 1,25 ao cliente. Já no BB, era de R$ 7,40. Todos os bancos analisados aumentaram os valores. Mas o Bradesco foi o que reajustou a maior quantidade de serviços, 28 no período de 12 meses. O Itaú aparece na última posição com apenas dois pacotes reajustados.


São considerados serviços prioritários, o fornecimento da segunda via de cartão em casos de perda, roubo, furto, danificação e outros motivos não imputáveis ao banco, a exclusão do Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos e a emissão de cheque administrativo. 


No caso dos pacotes padronizados de serviços, no Padronizado I a diferença maior foi de 24,4%. O Santander tinha a maior tarifa, R$ 15,55. Já o Safra, a menor (R$ 12,50). No Padronizado II foi de 40%: R$ 25,90 no Itaú e R$ 18,50 no Safra. Já no Padronizado III, diferença é de 38%, com o Itaú cobrando R$ 34,50 e o Safra, R$ 25,00, enquanto que no Padronizado IV o maior valor era cobrado pelo Itaú, R$ 53,50, e o menor pelo Safra, R$ 35,00. Diferença de 52,9%.


Pacotes
O Banco Central obriga os bancos a oferecerem quatro pacotes padronizados. A diferença está na quantidade de serviços oferecidos e na inclusão dos itens sobre fornecimento de folhas de cheque, transferências através do DOC e TED.