Inclusão e desafios. O retrato das PCDs
O Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, celebrado nesta quinta-feira (21/09), deve ser para refletir sobre os desafios enfrentados pelas PCDs cotidianamente. Muitas vezes, falta acessibilidade em coisas simples, como calçadas
Por William Oliveira
O Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, celebrado nesta quinta-feira (21/09), deve ser para refletir sobre os desafios enfrentados pelas PCDs cotidianamente. Muitas vezes, falta acessibilidade em coisas simples, como calçadas. Dificuldade também na educação e no mercado de trabalho, ainda preconceituoso, embora 18,6 milhões de brasileiros (8,2% da população) se declarem PCDs no país.
A taxa de analfabetismo de PCDs é de 19,5%, enquanto para pessoas sem deficiência é de 4,1%, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Apenas 7% das PCDs possuem nível superior, em comparação com 20,9% da população sem deficiência.
No mercado de trabalho, segundo o IBGE, apenas 26,6% das pessoas com deficiência conseguem uma colocação. Outros 55% recorrem à informalidade. O rendimento médio das PCDs é de R$ 1.860,00 e dos trabalhadores sem deficiência, R$ R$ 2.690,00. Diferença de 30%.
Neste contexto, ganha destaque o Projeto de Lei que institui o Dia Municipal dos Atletas Paradesportos, no dia 22 de setembro, de autoria de Augusto Vasconcelos, vereador e presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia.
Ele ressalta a importância de dar visibilidade à inclusão e a acessibilidade por meio do esporte, buscando formulações de políticas que promovam oportunidades para os atletas PCDs em todas as dimensões na sociedade, seja na educação, cultura e no mercado de trabalho.