IA e o risco de corte em massa de empregos

Os maiores bancos do mundo devem reduzir em cerca de 200 mil trabalhadores nos próximos três a cinco anos. 

Por Ana Beatriz Leal

O aumento da Inteligência Artificial nas empresas tem moldado a nova lógica de produtividade. Mas, atrelado a isto, há a eliminação de postos de trabalho. Um caso que chama atenção, e serve de parâmetro para todo o mundo, é o da Ocado, empresa britânica especializada em supermercados online. Por lá, a IA tem substituído o humano. 
 

As mudanças são comprovadas. Em 2012, a separação de um pedido com 50 itens em um dos centros de distribuição da Ocado exigia cerca de 25 minutos de trabalho humano. Com o investimento em robótica e algoritmos de logística, o tempo caiu para apenas 10 minutos. 
 

Para as empresas, pode até representar uma eficiência tecnológica. Mas, para os trabalhadores significa demissão em massa. Este ano a empresa britânica precisará de 500 trabalhadores a menos, após já ter anunciado que 2.300 empregos estariam em risco em 2023.
 

A Ocado é apenas um exemplo de uma tendência global. Especialistas estimam que a IA pode eliminar metade dos empregos de nível inicial em escritórios nos próximos cinco anos. No sistema financeiro não é diferente. Os maiores bancos do mundo devem reduzir em cerca de 200 mil trabalhadores nos próximos três a cinco anos.