O caráter social do BNB para o Nordeste
Os dados reafirmam o resgate do caráter social com o governo Lula. Situação bem diferente da vivenciada durantes as eras Temer e Bolsonaro, que reduziram o papel do Estado, com ameaças de privatização e desmonte das estatais.
Por Ana Beatriz Leal
Diante das transformações econômicas e ambientais nos últimos anos, é importante que os bancos públicos desempenhem o papel estratégico no enfrentamento das desigualdades regionais, superando o modelo tradicional de concessão de crédito e integrando políticas voltadas à inovação tecnológica. É caso do Banco do Nordeste, que está inserido em uma das regiões mais desafiadoras do país.
Os dados reafirmam o resgate do caráter social com o governo Lula. Situação bem diferente da vivenciada durantes as eras Temer e Bolsonaro, que reduziram o papel do Estado, com ameaças de privatização e desmonte das estatais.
A região Nordeste apresentou crescimento econômico de 3,8% em 2024, superando a média nacional de 3,5%, com destaque para a Paraíba (6,6%) e o Rio Grande do Norte (6,1%). O volume de desembolsos em 2024 atingiu novo recorde e chegou R$ 60 bilhões, aumento de 16,3% em relação ao ano anterior. As novas contratações chegaram a R$ 61,3 bilhões, alta de 4,8% em comparação com 2023.
O banco também tem se destacado como líder nacional em financiamentos para a transição energética, com R$ 10,7 bilhões investidos entre 2023 e 2024. Mais de 50% desses recursos foram destinados para projetos de usinas fotovoltaicas e 30% para as eólicas.
O BNB também aposta em financiamentos sustentáveis, com destaque para o programa FNE Verde, que em 2025 terá R$ 7,8 bilhões destinados a áreas como energias renováveis e descarbonização industrial. O Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) vai aportar R$ 10,5 bilhões ao apoio à agricultura familiar, e o Crediamigo, programa de microcrédito, prevê mais de R$ 12 bilhões em contratações.