Denunciado por práticas abusivas contra adoecidos
O Itaú, ao invés de adotar políticas de prevenção de doenças e eliminação de riscos no ambiente de trabalho, utiliza uma série de medidas para pressionar e constranger bancários adoecidos. A denúncia foi feita pelo Grupo de Trabalho de Saúde.
Por Rose Lima
O Itaú, ao invés de adotar políticas de prevenção de doenças e eliminação de riscos no ambiente de trabalho, utiliza uma série de medidas para pressionar e constranger bancários adoecidos. A denúncia foi feita pelo Grupo de Trabalho de Saúde.
A empresa afirma que as avaliações médicas visam “prevenir o agravamento de doenças incapacitantes” e “garantir o melhor cuidado possível aos colaboradores”. No entanto, a realidade é bem diferente. O banco convoca os afastados - seja por B91 (doença), decisão judicial, ou com requerimentos de benefícios ainda em análise - para avaliações médicas que mais parecem uma forma de controle do que uma ação de cuidado.
As convocações atingem, principalmente, trabalhadores que já passaram por exames periódicos ou de retorno ao trabalho, além de muitos que estão com contratos suspensos ou com a saúde comprometida. Não para por aí. Exames válidos são ignorados, obrigando o funcionário a refazê-los sem justificativa plausível. E, para agravar, exigem avaliações ortopédicas online para casos de LER/DORT.
Outro ponto grave é a recorrente omissão da CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), mesmo em situações claras de adoecimento relacionado ao ambiente de trabalho. A postura demonstra que o banco prefere adotar medidas punitivas e constrangedoras, ao invés de investir na proteção à saúde.