Ganância sem limites: Itaú fecha agências e abandona trabalhadores e comunidades

No Dia de Luta Nacional contra o Fechamento das agências do Itaú, foi realizada uma manifestação em frente à agência do banco, no Imbuí, contra o encerramento das unidades. A agência do bairro, com mais de 25 anos, atende cerca de 30 mil clientes e dois mil beneficiários do INSS.

Por Julia Portela

Na manhã desta terça-feira (08), o Sindicato dos Bancários da Bahia, em conjunto com a Federação da Bahia e Sergipe, realizou manifestação em frente à agência do Itaú no Imbuí contra o fechamento de unidades. Mesmo com lucros bilionários ano após ano – em três meses de 2025 foram mais de R$ 11 bilhões, o Itaú desmonta a rede física de atendimento, ignorando o impacto social e trabalhista das decisões. No momento, sindicatos de todo o Brasil estão mobilizados nesse protesto.

 


A agência do Imbuí, com mais de 25 anos, atende cerca de 30 mil clientes e dois mil beneficiários do INSS. A previsão de encerramento escancara a lógica perversa do lucro acima da vida. Só neste semestre, duas importantes unidades também foram fechadas: Brotas e Cabula. Enquanto negligencia a realidade difícil dos trabalhadores e da população que depende dos serviços presenciais, o banco investe pesado em publicidade milionária e grandes eventos.

 


O presidente do Sindicato Elder Perez, reforçou que a luta é de interesse público. “Fechar uma agência não afeta só os bancários, mas desestrutura bairros inteiros. Comerciantes, idosos, pessoas com deficiência e trabalhadores perdem acesso, autonomia e segurança financeira”.

 


Robson Bonfim, diretor do Sindicato e funcionário do Itaú, alertou para o adoecimento dos funcionários e o total desprezo da empresa pelos bairros mais populosos. “O pressiona trabalhadores, fecha agências e mantém tarifas altíssimas para uma população cada vez mais desassistida. É um modelo que explora, adoece e exclui”.

 

Sonia Santos, cliente do banco, expressou a indignação "Sou cliente do Itaú há muitos anos e fui surpreendida com a migração da minha conta da agência do Imbuí para Itapuã, sem consulta ou aviso prévio. Tenho 65 anos, sou idosa, e não quero ser forçada a me deslocar para longe nem a usar canais digitais o tempo todo. O atendimento nas agências é cada vez pior, faltam funcionários, e o banco quer empurrar tudo pelo celular, mesmo com o aumento de golpes. A falta de respeito precisa ser denunciada".


O Sindicato dos Bancários da Bahia reafirma o compromisso com os bancários e a sociedade. O desmonte do atendimento bancário físico em nome de um lucro que não retorna para o povo não vai ser normalizado. 

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