PLR sem imposto, dividendos com tributação: justiça para os de baixo.

O Sindicato dos Bancários da Bahia se soma à mobilização e reforça a pressão por duas pautas fundamentais da categoria: a isenção do Imposto de Renda sobre a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e tributação dos dividendos dos acionistas dos bancos.

Por Julia Portela

Nesta quinta-feira (10/07), a Lapa será palco de mais um importante ato em defesa do Brasil e dos brasileiros. A manifestação, de caráter nacional, exige a taxação dos super-ricos e o fim da jornada exaustiva de trabalho no modelo 6x1, que rouba o direito ao descanso semanal digno de mais de 33 milhões de trabalhadores.

 


É urgente ampliar o debate para as ruas. O Congresso Nacional, controlado pela elite branca e escravocrata da direita e extrema-direita, se opõe à pauta. Pesquisa do Instituto Quest revelou que 70% dos deputados federais são contrários ao fim da escala 6x1 e ainda a taxação dos super-ricos, que acumulam fortunas em paraísos fiscais às custas da exploração da força de trabalho que move o país.

 


O Sindicato dos Bancários da Bahia se soma à mobilização e reforça a pressão por duas pautas fundamentais da categoria: a isenção do Imposto de Renda sobre a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e tributação dos dividendos dos acionistas dos bancos. Hoje, enquanto os trabalhadores têm parte da PLR retida pelo fisco, os grandes acionistas seguem isentos, um absurdo que aprofunda as desigualdades e favorece os donos do capital.

 


A PLR é uma conquista histórica, com caráter indenizatório, e não deveria ser tributada como rendimento. Ela representa a justa compensação pelo esforço coletivo de quem constrói os lucros bilionários dos bancos ano após ano. Lutar pela isenção da PLR e pela taxação dos dividendos é lutar por justiça fiscal, distribuição de renda e valorização.