COE Itaú cobra esclarecimentos sobre precarização
O banco informou que, entre janeiro e julho deste ano, houve 5.839 contratações e 4.475 demissões. Apesar de tentar apresentar um saldo positivo, a realidade é outra: 1.800 trabalhadores pediram demissão, resultado que, somado às dispensas, supera as admissões.
Por Julia Portela
A COE (Comissão de Organização dos Empregados) se reuniu nesta terça-feira (12/08) com a direção do Itaú para tratar de temas urgentes: emprego, fechamento de agências, segurança, remuneração e condições de trabalho.
O banco informou que, entre janeiro e julho deste ano, houve 5.839 contratações e 4.475 demissões. Apesar de tentar apresentar um saldo positivo, a realidade é outra: 1.800 trabalhadores pediram demissão, resultado que, somado às dispensas, supera as admissões.
A COE questionou esses dados e exigiu que o Itaú apresente, por região, a situação real de cada funcionário realocado. A direção afirmou que vai “avaliar” o envio das informações, mas não assumiu compromisso concreto.
Outro dado alarmante: 197 agências já foram fechadas e outras 28 estão em processo de encerramento, atingindo 1.720 trabalhadores. Destes, 86% foram realocados, 12% seguem sem realocação e 2% pediram demissão. Ainda há 252 bancários em fase de definição de destino. A COE cobrou que o banco adote medidas efetivas para garantir acompanhamento e melhores condições para quem é impactado por essa política de fechamento.
O alto número de pedidos de demissão expõe a verdade que o Itaú tenta esconder: jornadas extenuantes, metas abusivas, insegurança, vigilância constante e enfraquecimento do direito à saúde. Não é à toa que tantos desistem. Enquanto isso, o banco segue com lucros bilionários, à custa da precarização dos serviços e do adoecimento dos. O Sindicato dos Bancários da Bahia reafirma seu compromisso de enfrentar esse modelo ultraliberal e excludente, e seguirá na linha de frente da luta por dignidade, segurança e respeito no trabalho.