Trimestre de ouro para bancos, de perdas para o povo

Os números representam, na prática, a concentração de lucros exorbitantes à custa da exploração da sociedade.

Por Julia Portela

Os três maiores bancos privados em atividade no país – Itaú, Bradesco e Santander – registraram, juntos, lucro líquido de R$ 21,234 bilhões no segundo trimestre de 2025, alta de 17% em relação ao mesmo período do ano passado.

 

 

Mais uma vez, o "destaque" foi o Itaú, que sozinho faturou R$ 11,5 bilhões – mais do que Bradesco e Santander somados – e obteve o maior retorno sobre o patrimônio: 23,2%, contra 16% do Santander e 14% do Bradesco. Os números representam, na prática, a concentração de lucros exorbitantes à custa da exploração da sociedade.

 

 

A chamada “reestruturação” em curso nos bancos não é modernização: é desmonte. Significa demissões, sobrecarga de trabalho, pressão por metas abusivas e digitalização que retira atendimento humano e prejudica trabalhadores e clientes.

 

 

Enquanto alguns setores da economia se preocupam com o “tarifaço” imposto por Donald Trump, em um claro ataque ao Brics e, de quebra, para tentar livrar Bolsonaro da prisão, o setor bancário não espera grandes efeitos nas carteiras de crédito, pois irão adotar mais cautela.

 

 

A estratégia significa, na realidade, restringir o acesso ao crédito para a população de menor renda e priorizar clientes ricos, capazes de movimentar grandes valores e oferecer garantias robustas. Enquanto isso, famílias, micro e pequenos empreendedores, justamente os que mais precisam, seguem excluídos.